Virada
Pelotas e Rio Grande não terão queima de fogos no ano novo
A decisão em Pelotas, assim como no ano passado, segundo o diretor de Manifestações Populares da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), Paulo Pedroso, é motivada pela contenção de despesas
Paulo Rossi -
Por Michel Farias
Pelo segundo ano consecutivo Pelotas não contará com a tradicional queima de fogos na virada do Ano-novo na praia do Laranjal, custeada pela prefeitura. A decisão, assim como no ano passado, segundo o diretor de Manifestações Populares da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), Paulo Pedroso, é motivada pela contenção de despesas. A estimativa é de que o valor poupado seja de aproximadamente R$ 150 mil - quantia gasta com os fogos em 2014 - e a ideia é que o dinheiro possa ser investido em áreas prioritárias, como saúde e educação. Além disso, nenhuma programação cultural foi montada para a noite de Réveillon. O município optou por realizar apresentações musicais e shows no Projeto Verão, que ocorre nos meses de janeiro e fevereiro na praia, porém, a programação também deverá estar enxuta comparada ao ano passado.
Cenário parecido com o da cidade vizinha, Rio Grande. A queima de fogos também foi cancelada, mas foram mantidas as atrações musicais no sábado, a partir das 20h, no Campo do Praião do Balneário Cassino. Entretanto, existe outra polêmica acerca dos fogos de artifício no município. Nesta semana foi protocolado na Câmara de Vereadores o projeto de lei que proíbe a queima e a soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos. O motivo é que o estouro pode trazer danos à saúde de pessoas e animais. O projeto proposto pelo vereador Luiz Francisco Spotorno (PT), com a intenção de regulamentar essa prática, é valido para áreas públicas e deverá, agora, entrar em votação no plenário.
Menos atrativo, menos turistas
O gerente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Grande, Luiz Carlos Zanetti, acredita que a falta de atrativos, como a queima de fogos, deverá impactar o comércio local, mas principalmente o setor turístico. Entretanto, enfatiza que no momento de crise o corte de gastos é necessário e a suspensão é um ato coerente. De acordo com a responsável pelo setor de Recursos Humanos de um dos hotéis do Cassino, Vera Santos, o impacto neste Ano-novo não deve ser significativo, pois os quartos já estão lotados por causa do veraneio. Já em Pelotas a gestora da CDL, Eliane Sedrez, acredita que houve uma compensação de atrativos aos pelotenses, comparando os fogos do Ano-novo, com o Doce Natal. De acordo com ela, o retorno conquistado com o público que visitou o Mercado Central e a praça Coronel Pedro Osório é melhor ao município do que, possivelmente, seria a queima de fogos no Laranjal.
O que prevê o projeto de lei
O projeto de lei de Rio Grande, além de catalogar os tipos de fogos e como devem ser usados, prevê multa de R$ 1 mil aos infratores que forem identificados com ou sem a apreensão do material. Em caso de reincidência a multa passa para R$ 3 mil. De acordo com o vereador Spotorno, a lei busca acabar com o transtorno que o barulho causa à comunidade, principalmente os de estampido conhecidos como serpentes voadoras, post-à-feu e morteirinhos de jardim. No projeto, a fiscalização ficaria a cargo do município, porém, a definição do órgão regulador deverá ser feita pelo Executivo, após a aprovação da Lei.
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